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Linha de Urologia e Sexologia

Linha de Urologia e Sexologia

17
Abr08

Praticar sexo anal, sem utilizar um método de barreira, pode provocar alguma doença no pénis?

Linha de Urol.

De Patrícia a 16 de Abril de 2008 às 03:01

 

Cara Dra Vera,

gostaria que me esclarecesse se praticar sexo anal sem utilizar um método de barreira pode provocar alguma doença no pénis. Eu sei que o método de barreira é o único que nos protege de dst's e que depois de praticar sexo anal nunca se deve praticar sexo vaginal sem se fazer uma limpeza devida, no entanto desconheço se poderá haver algum risco mais específico para o pénis.

Grata pela atenção,
Patrícia
  
Foto in: http://abnoxio.blogs.sapo.pt/arquivo/preservativo2.jpg
Boa Tarde Patrícia,
  
Ainda bem que colocou esta questão, pois aquilo que é muito falado é na questão do membro passivo do casal, e sobre as formas de contágio.  A prática de sexo anal sem o método de barreira, preservativo, pode contagiar o pénis de infecções sexualmente transmissíveis , sim!
  

Pode apanhar uma IST através do coito sexual, mas também através do sexo oral, sexo anal ou contacto com fluidos corporais tais como esperma, saliva, sangue e corrimentos vaginais.

  

No caso de não existir, no casal, infecções sexualmente transmissíveis , existe o perigo de entrada de fezes no canal da uretra, causando infecções que se estendem ao testículo, portanto recomenda-se a devida limpeza do cólon ou a utilização de um preservativo.

  

Por exemplo, a causa mais comum de epididimite é uma doença sexualmente transmitida DST ), normalmente a clamídia , a gonorreia ou ambas. Embora o local inicial da infecção seja o tubo de passagem de urina e do sémen pelo pénis (uretra), eventualmente as bactérias espalha-se  para trás pela área reprodutiva e atacam o epidídimo . Podem levar vários meses após o encontro sexual que leva à DST aparecer e tornar epididimite . Em alguns casos, o homem tem sintomas associados à infecção da uretra. Primeiro, como uma secreção anormal no pénis ou uma sensação de ardor ao urinar e em outros casos, os sintomas da epididimite são o sinal inicial de uma DST . Em homens que praticam sexo anal, a epididimite é causada normalmente por bactérias intestinais presentes no ânus. Estas bactérias entram na uretra pelo pénis , e então migram para trás, pela área reprodutiva, até o epidídimo .

 

Logo, tanto o parceiro activo (pénis), como o passivo (ânus), estão igualmente susceptíveis de sofrerem doenças que apenas são transmitidas sexualmente, muito embora, o parceiro activo, se não utilizar o preservativo, também pode ser vitima de várias tipos de infecção e problemáticas associadas ao contacto do pénis com as fezes.

 

É por esta razão que também não aconselhada a colocação do pénis na vagina se antes esteve em contacto com o ânus , exactamente para não transportar bactérias do ânus para a vagina, e não procurar infecções na mesma.

 

Por isso, sempre que praticar sexo anal, oral ou vaginal, procurem sempre utilizar a forma mais eficaz de se protegerem que é só e apenas, utilizando um preservativo!

 

Obrigada

 

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Dr. Manuel Mendes Silva

Médico Urologista Fellow do European Board of Urology. Ex-Presidente da Associação Portuguesa de Urologia e do Colégio de Urologia da Ordem dos Médicos. Ex-Vice Presidente da Sociedade Portuguesa de Andrologia. Director da Oficina de Ética da Conderação Americana de Urologia.

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  • Caracterização dos Leitores da Linha de Sexologia

    Métodos Contraceptivos utilizados pelos leitores da linha de Sexologia:

    Total de 426 Votos
    Votação realizada de 22/02/2008 a 27/03/2008

    Pílula - 213 (50%)
    Preserv. Masc. - 107 (25.12%)
    Coito Interrom. - 35 (8.22%)
    DIU - 25 (5.87%)
    Anel Vaginal - 18 (4.23%)
    Abstinência - 13 (3.05%)
    Implante - 5 (1.17%)
    Contrac. Cirúrg. - 4 (0.94%)
    Contrac. Emerg. - 2 (0.47%)
    Espermicida - 2 (0.47%)
    Injectável - 1 (0.23%)
    Preserv. Femi. - 1 (0.23%)

    Das seguintes expressões, a que melhor me descreve é:

    Total de 146 Votos
    Votação realizada de 27/03/2008 a 12/05/2008

    Lésbica - 3 (2.05%)
    Gay - 4 (2.74%)
    Homossexual - 4 (2.74%)
    Heterossexual - 115 (78.77%)
    Bisexual - 13 (8.90%)
    Nenh. desc. - 2 (1.37%)
    ident. sex. oscila - 5 (3.42%)

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